terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Capitulo 34

34
...♪...
Steve
Ele queria surpreendê-la. Esse era seu plano, de qualquer forma.
Ele tocou em um concerto na Albânia; sua próxima performance estava
agendada para Richmond, em dois dias. Normalmente, ele nunca ia em
casa durante a turnê; era mais fácil manter um ritmo enquanto ele viajava
de cidade em cidade. Mas porque ele tinha um tempo extra e porque ele
não via sua família há duas semanas, ele pegou um trem e chegou à
cidade na hora e que o pessoal dos prédios de escritório estavam saindo
para procurar algo para comer.
Foi pura coincidência que ele tivesse visto ela. Mesmo agora, as
possibilidades pareciam impossíveis. Era uma cidade com milhões de
pessoas e ele estava próximo a Estação Penn, ele estava passando por
um restaurante que já estava completamente cheio. Seu primeiro
pensamento quando a viu foi que ela se parecia exatamente como sua
esposa. Ela etava sentada em uma pequena mesa encostada na parede,
próxima a um homem grisalho, que aparentava ser alguns anos mais
velho que ela. Ela estava vestida com uma calça preta e uma blusa
vermelha, e passava a seu dedo sobre a borda de sua taça de água. Ele
absorveu tudo aquilo e teve um duplo conhecimento. Era realmente Kim,
e ela estava jantando com um homem que ele nunca tinha visto antes.
Pela janela, ele observou enquanto ela ria, e com uma certeza doentia,
ele soube que ja a tinha visto rir assim. Ele lembrava-se disso de anos
atrás, de volta a quando as cosias estavam melhores entre eles. Quando
ele colocou sua mão na mesa, ele assistiu o homem colocar a mão nas
costas dela. O toque do homem era carinhoso, quase familiar, como se
ele já tivesse feito isso muitas vezes. Ela provavelmente gostava da
maneira que ele tocava-a, Steve pensou enquanto assistia o estranho
beijar os lábios de sua mulher.
Ele não tinha certeza do que fazer, mas voltando ao passado, ele podia
lembrar de não sentir quase nada. Ele sabia que estavam distante um do
outro, ele sabia que eles estavam discutindo muito, ele sabia que a
maioria dos homens teria entrado no restaurante e confrontado eles dois.
Talvez até feito uma cena. Mas ele não era como a maioria. Então ele
pegou sua pequena bagagem que ele tinha empacotado na noite anterior,
virou-se e foi de volta a Penn Station.
Ele pegou um trem duas horas depois, e chegou em Richmond tarde da
noite. Como sempre, ele pegou o telefone e ligou para sua esposa, e ela
atendeu no segundo toque; ele podia ouvir a televisão no fundo quando
ela disse alô.
"Você finalmente chegou, hum?", ela disse. "Eu estava me perguntando
quando você ia ligar"
Enquanto sentava-se na cama, ele lembrou da mão do estranho nas
costas de sua mulher. "Eu acabei de chegar", ele disse.
"Algo excitante aconteceu?"
Eles estava em um hotel de baixo orçamento, os lençóis estavam puindo
levemente nas bordas. Tinha um ar condicionado embaixo da janela, que
fazia as cortinas se moverem. Ele podia ver a poeira se acumulando na
TV.
"Não", ele disse. "Nada mesmo"
No quarto de hospital, ele se lembrou dessas imagens com uma clareza
que o assustava. Ele supôs que era porque ele sabia que Kim iria embora
em breve. com Ronnie e Jonah.
Ronnie tinha ligado para ele mais cedo para dizer que não ia voltar para
Nova York. Ele sabia que não ia ser fácil. Ele lembrou-se de seu pai
encolhido, e ele não queria que sua filha o visse desse jeito. Mas sua
cabeça estava feita, e ele sabia que não poderia mudá-la. Mas isso
assustava a ele.
Tudo sobre isso assustava a ele.
Ele vinha rezando regularmente nas últimas duas semanas. Ou pelo
menos, era assim que o pastor Harris descrevia. Ele não juntava suas
mãos ou abaixava sua cabeça; ele não pedia para ser curado. Entretanto,
ele compartilhava com Deus suas preocupações com seus filhos. Ele
supôs que não era muito diferente das preocupações de outros pais. Eles
ainda eram jovens, os dois tinham longas vidas a sua frente, e ele se
perguntava o que estava por vir para eles. Nenhuma fantasia: ele poderia
perguntar a Deus Se ele achava que os dois seriam felizes, ou se eles
continuariam em Nova York, ou se eles casariam e teriam filhos. O básico,
nada mais, mas foi nesse momento, que ele finalmente entendeu o que o
pastor Harris queria dizer quando falava que andava e conversava com
Deus.
Diferente do pastor, ele anda não tinha ouvido nenhuma resposta de
Deus, e ele não tinha muito tempo sobrando.
Ele olhou para o relógio. O voô de Kim estaria saindo em menos de três
horas. Ela sairia do hospital direto para o aeroporto com Jonah, e esta
realização foi apavorante.
Em pouco tempo, ele estaria segurando seu filho pela ultima vez; hoje, ele
diria adeus.
Jonah estava chorando quando entrou no quarto, parando ao lado da
cama. Steve teve tempo suficiente para abrir seus braços antes de Jonah
se jogar neles. Seus pequenos ombros estavam tremendo e Steve sentiu
seu próprio coração se partindo. Ele se concentrou em como seu filho
parecia perto dele, tentando memorizar a sensação.
Steve amava seus filhos mais do que a vida, mas mais que isso, ele sabia
que Jonah precisava dele, e mais uma vez, ele estava preso a realização
que de tinha falhado como pai.
Jonah continuava a chorar, inconsolável. Steve segurou ele bem perto,
querendo nunca deixá-lo ir. Ronnie e Kim estavam paradas na porta,
mantendo distância.
"Elas estão tentando me mandar para casa, papai", Jonah chorou. "Eu
disse a elas que podia ficar com você, mas elas não estão me dando
ouvidos. Eu serei bom papai, eu prometo, eu serei bom. Eu vou para a
cama quando você mandar e eu vou limpar meu quarto e eu nao vou
comer biscoitos quando nao puder. Diga a elas que posso ficar. Eu
prometo que vou ser bom"
"Eu sei que você será bom", Steve murmurou. "Você sempre foi um bom
menino"
"Então diga a elas, pai! Diga que voce quer que eu fique! Apenas diga a
ela"
"Eu quero que você fique", ele disse, sentindo dor por ele e por seu filho.
"Eu quero mais do que tudo, mas sua mãe precisa de voce. Ela sente sua
falta"
Se Jonah tinha alguma esperança, ela se acabou ali, ele recomeçou a
chorar.
"Mas eu nunca vou ver você de novo... e isso não é justo! Não é justo"
Steve tentou falar através do aperto na garganta. "Hei", ele disse. "Eu
quero que você me escute, ok? Você pode fazer isso por mim?"
Jonah forçou a si mesmo a olhar para cima. Apesar de tentar, Steve sabia
que estava começando a suforcar com suas palavras. Levou tudo que ele
tinha para que não desmoronasse na frente de seu filho.
"Eu quero que voce saiba que voce é o melhor filho que um pai poderia
esperar ter. Eu sempre tive tanto orgulho de voce, e eu sei que voce vai
crescer e fazer coisas maravilhosas. Eu te amo tanto.”
"Eu te amo também, papai, e eu vou sentir tanto a sua falta"
Pelo canto dos olhos, ele pode ver Ronnie e Kim, lágrimas escorrendo por
suas faces.
"Eu vou sentir sua falta também. Mas eu sempre estarei olhando por você.
Eu prometo. Você se lembra da janela que fizemos juntos?"
Jonah acenou, seu pequeno queixo tremendo.
"Eu chamo-a de Luz de Deus, porque me lembra do céu. Todas as vezes
que a luz brilhar através da janela que fizemos, ou qualquer janela, você
saberá que eu estou lá com você, ok? Será eu. Eu serei a luz na sua
janela."
Jonah acenou, nenhum deles capaz de afastar suas lagrimas. Steve
continuou segurando seu filho, desejando com todo seu coração que
pudesse ser capaz de fazer as coisas darem certo.
......

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